Queer, dirigido por Luca Guadagnino (de Me Chame Pelo Seu Nome e Suspiria), é uma obra que explora os temas de desejo, vício e conexões humanas. Protagonizado por Daniel Craig, o filme segue nosso protagonista no México, envolvido em uma relação complexa com um jovem.
Embora a premissa e o visual sejam promissores, a narrativa tropeça na execução. A estrutura do filme, dividida em capítulos, carrega um ritmo desequilibrado: um primeiro ato excessivamente longo contrasta com um terceiro ato que se arrasta sem necessidade. A adaptação literária parece ter economizado na transição para o formato cinematográfico, o que resulta em momentos que poderiam ser mais carregados pela emoção e menos prolixos.
A dinâmica entre os protagonistas também carece de uma química convincente. O relacionamento central às vezes fica forçado, com sentimentos que não parecem recíprocos, dificultando a conexão emocional do espectador com a história. Em outros trabalhos de Guadagnino (como Rivais), a presença de um terceiro elemento deu mais profundidade às relações, algo que Queer não conseguiu replicar.
Ainda assim, o filme parece atingir um público específico, como notado pelo entusiasmo de alguns críticos e espectadores. No entanto, para você que busca uma narrativa mais equilibrada e a exploração de relacionamentos mais cativantes, Queer pode deixar a desejar.