O Dublê

Ryan Gosling volta às telas com seu melhor trabalho dos últimos meses em O Dublê, uma comédia de ação hilária que mistura charme, referências cinematográficas e metalinguagem. Explorando os bastidores e desafios de uma produção cinematográfica cheia de caos e risos, o dublê Colt é guiado (e se apaixona) pela diretora, interpretada por Emily Blunt.

Gosling brilha no papel: um dublê azarado que acaba se envolvendo em situações inesperadas enquanto tenta manter a cabeça no lugar. Seu timing cômico é impecável, mostrando por que ele é um dos atores mais versáteis de sua geração. Já Blunt surpreende, trazendo humor e humanidade ao papel, relembrando ao público que sua veia cômica é tão boa quanto sua habilidade dramática.

O filme é uma verdadeira carta de amor ao cinema. Entre referências a Duna e Star Wars, ele brinca com os clichês e os desafios de se fazer filmes, enquanto entrega cenas de ação empolgantes e momentos de pura comédia. É uma obra cheia de camadas, onde cada piada e situação absurda traz um comentário sobre a indústria cinematográfica.

Embora a trama do filme dentro do filme seja intencionalmente uma “bomba” exagerada, O Dublê equilibra sua metalinguagem com uma narrativa cativante. Os momentos de lição de moral — sobre amor, arte e a paixão pelos próprios projetos — são sutis e emocionantes.

Caso você o avalie (e vá assistir) como um filme de ação e comédia, reduzindo somente a ambos os gêneros, é difícil encontrar defeitos. Pode não ser perfeito para todos, mas para os amantes de cinema e para todos que literalmente “são” Ryan Gosling, é um cinco estrelas inquestionável.