Maxxxine

Maxxxine marca o terceiro capítulo da franquia iniciada por X e Pearl, trazendo novamente Mia Goth no papel principal. Desta vez, seguimos Maxine em sua busca pelo estrelato em Hollywood, enquanto ela lida com o passado e enfrenta a ameaça de um serial killer que pode arruinar a carreira dela. Apesar de suas ambições, o filme apresenta altos e baixos que dividiram a opinião do público.

Enquanto X e Pearl se complementavam como histórias interligadas, Maxxxine se distancia, assumindo um tom mais próximo de um spin-off do que de uma sequência com coesão. A narrativa parece desconexa em relação aos predecessores, faltando uma certa dualidade psicológica entre Pearl e Maxine — algo que tornou os filmes anteriores tão intrigantes. Essa mudança de foco resulta em um ritmo que pode frustrar quem esperava um encerramento mais bem amarrado para a trilogia.

Visualmente, Maxxxine mantém a estética característica da A24, com uma direção de arte impecável e um elenco de peso. No entanto, o filme sofre ao tentar se afirmar como parte do mesmo universo, recorrendo a flashbacks e referências forçadas (e explícitas) para conectar-se a X. Algumas escolhas narrativas soam artificiais, tirando parte da autenticidade que se espera de uma produção do estúdio.

Embora contenha cenas de puro gore e terror, o filme se aproxima mais de um thriller focado em desenvolvimento de personagem do que de um terror tradicional. Isso pode agradar a quem busca uma história introspectiva, mas decepciona quem espera a intensidade dos anteriores.

No final, Maxxxine é um ambicioso, mas desigual. Como spin-off, funciona melhor quando assistindo isoladamente, sem as expectativas de uma trilogia bem conectada.