Love Lies Bleeding chega aos cinemas com um impacto visceral e intenso, misturando romance, violência e tensão em uma história sáfica que desafia expectativas. Kristen Stewart interpreta uma funcionária de academia cuja vida toma um rumo inesperado ao se envolver com uma bodybuilder — uma relação que começa com faíscas e se transforma em um verdadeiro incêndio emocional e físico.
A dinâmica entre as protagonistas é eletrizante e traz à mente uma versão sáfica de Coringa e Harley Quinn (Coringa 2 saiu mais cedo?): é um relacionamento intenso, cheio de camadas e complexidades, mas com um toque humano e sensível. O filme aborda temas de violência e abuso, mas com uma narrativa que evita o sensacionalismo. A violência, embora presente e crescente, nunca é gratuita; ela surge de conflitos bem fundamentados e leva a enredos sombrios e intrigantes.
Um dos maiores acertos do filme é como ele evita prolongar o “jogo de gato e rato” típico de romances. As protagonistas ficam juntas já no início, permitindo que o foco se volte para o desenvolvimento da relação e os desafios que elas enfrentam, não para o anseio de saber se ficam juntas ou não. A construção do romance é sólida, servindo tanto como um plano de fundo para a ação, como para estabelecer-se um equilíbrio (raro) entre emoção e tensão.
O filme também oferece algo valioso para quem está cansado de finais trágicos em histórias sáficas. Traz uma conclusão que, embora intensa e dramática, deixa uma sensação de encerramento satisfatório. Para aqueles mais sensíveis, vale o alerta de que o filme aborda temas delicados como violência doméstica, mas trata o assunto com seriedade e resolução.
Com direção precisa, atuações poderosas e uma narrativa imprevisível que te prende do começo ao fim, Love Lies Bleeding é uma experiência cinematográfica emocionante. É para quem busca intensidade, personagens bem construídos e um final que foge do desespero comum em histórias complexas como esta.